UNI: território digital da Amazônia

//UNI: território digital da Amazônia

Projeto de conteúdo e conexão quer mostrar histórias dos moradores da floresta.

A Amazônia é conhecida como a maior floresta tropical do mundo, ocupando mais de 60% do território brasileiro. Cerca de 20% dela já foi desmatada e estudos ainda indicam que se a esse bioma perder mais de 5% de seu território o processo de desertificação ocorrerá de fato. Com a proposta de entender os moradores dessa região como guardiões, seja indígena, ribeirinhos, quilombolas e pessoas do centro urbano são apresentadas na plataforma UNI, uma iniciativa socioambiental de conexão com esses povos. Criada pela O2 Filmes, o site e os perfis de redes sociais mostram conteúdos produzidos pela empresa, pelos próprios povos, por organizações e profissionais que trabalham ou tem ligações com a região.

A primeira etapa da iniciativa foi apresentada no painel Connecting the Hidden Amazon to the World durante o festival de inovação South By Southwest (SXSW) que acontece até o próximo domingo em Austin (EUA). O cineasta Fernando Meirelles, que apoia a iniciativa, juntamente com D’Elia, a líder quilombola Claudinete Colé e Vasco Marcus van Roosmalem, diretor da Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam), parceiros do UNI, participaram do painel no inédito track Social Impact, que estreia este ano no SXSW. A ideia era incentivar pessoas que trabalham com inovação se envolvam com a causa ambiental.

UNI tem o objetivo que seja no futuro um território digital onde será possível conhecer as histórias dos seus povos e um espaço para dividir conhecimento e criar novas conexões entre quem vive na floresta e quem vive fora dela. Uma espécie de rede social de proteção aos povos da Amazônia. Ainda pretende mostrar uma Amazônia que quase nunca é vista e ampliar a visibilidade das suas populações mostrando ao mundo a riqueza de suas formas de viver, sua relação sustentável com a natureza, seu empreendedorismo e desafios que enfrentam para sobreviver em seus territórios.

 

A iniciativa possui três eixos de ação. O primeiro é a comunicação, por meio de perfis nas principais redes sociais e o site oficial http://uniamazonia.co/ que já conta com vídeos, fotos, informações e textos com histórias das comunidades quilombolas visitadas em 2018. Projetos e plataformas de instituições e organizações parceiras, que já fazem ações em benefício dos povos da Amazônia, também serão divulgados no site e redes UNI.

O segundo eixo é a conexão. A idéia é que no UNI seja possível se conectar com quem vive ou trabalha pela floresta. Seja por meio de seus perfis nas redes, ou de plataformas de parceiros e outras instituições. O UNI dará especial atenção à visibilidade de projetos comunitários, startups em busca de financiamento e empreendedores que trabalham na cadeia da economia da floresta.

O terceiro eixo da iniciativa é promover a troca de conhecimento através de workshops, intercâmbios e ensino a distância entre povos, instituições, empresas privadas e pessoas que estão fora da Amazônia. A plataforma UNI também trará sugestões de filmes, séries, livros, exposições e eventos, indicados pela comunidade de parceiros e moradores da Amazônia.

Com o apoio da USAID, foi possível realizar uma primeira expedição em três comunidades quilombolas no Pará: Ariramba, Cachoeira Porteira e Jauary. Os primeiros conteúdos, relacionados à Cachoeira Porteira, serão lançados durante o SXSW.

 

 

Fonte: Setor3

2019-03-14T08:58:46-03:00