ACNUR lança relatório com perfil socioeconômico dos refugiados no Brasil

//ACNUR lança relatório com perfil socioeconômico dos refugiados no Brasil

Recentemente, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) publicou o relatório ‘Perfil socioeconômico dos refugiados no Brasil‘.

O estudo é resultado de 500 entrevistas com refugiados de diversos países que estão no Brasil, e abordou temas como escolaridade, conhecimento da língua portuguesa, moradia, entrada no mercado de trabalho, vínculo com o país de origem e integração sociocultural.

Do grupo entrevistado, 83% chegaram ao Brasil posteriormente a 2010. De lá para cá, 389 concessões de refúgio foram oficializadas. Refugiados vindos da Síria e da República Democrática do Congo representam 55% dos entrevistados.

34,4% dos refugiados entrevistados concluíram o Ensino Superior, porém, devido ao alto índice de diplomas não revalidados, esses refugiados não podem exercer suas profissões aqui no Brasil. Ao todo, a pesquisa só encontrou 14 refugiados que revalidaram o diploma, em comparação com 133 refugiados que não conseguiram a revalidação.

Quando se trata de moradia e dos gastos domésticos, 21% dos entrevistados residem em domicílios coletivos. Somente 26% residem em residências próprias. Além disso, a maioria mora com até 4 pessoas na mesma residência.

Na questão socioeconômica, 314 entrevistados (79,5%) vivem com renda inferior a R$ 3 mil, dos quais 95 vivem com menos de R$ 1 mil mensais.

O relatório também aponta que 57,5% dos entrevistados estão trabalhando e 25% estão desempregados, e o mercado de trabalho foi eleito pelos refugiados como uma das principais dificuldades para se estabelecerem no Brasil, junto com a falta de domínio do idioma e o fato de serem estrangeiros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Observatorio3Setor // Texto: Artur Ferreira

2019-06-17T09:12:56-03:00